A visão e a forma como uma sociedade lida com o trabalho e posições de hierarquia diz muito sobre a cultura de um país. No Brasil aprendemos que o trabalho deve ser valorizado e que com muito esforço, é possível conquistar uma maior qualidade de vida.
Mas o que muitos profissionais fazem durante essa jornada vai além da simples sobrevivência, existem diversos fatores internos pessoais que são capazes de controlar a própria identidade.
Equilíbrio profissional e a busca da identidade pessoal
Pessoas perdidas em seus afazeres corporativos não conseguem encontrar o equilíbrio entre a vida pessoal e social, e muito menos separar o que é profissional do pessoal. Levam o trabalho para casa, falam de trabalho constantemente e não conseguem se desvincular dele. Conhece alguém assim?
Denise Sá é especialista em psicoterapia e indica que esses casos são chamados de “enredamento”, que significa um emaranhamento de personalidades, ou seja, seu “eu” pessoal se tornou seu “eu” corporativo e não conseguem fazer a distinção entre um e outro.
Quando o trabalho toma conta da identidade, ele passa a controlar tudo a sua volta e assim, as pessoas passam a estar suscetíveis a desenvolver transtornos de ansiedade, depressão, burnout e outras doenças que afetam o emocional.
Alguns profissionais se veem nessa condição quando tentam mudar de carreira, emprego ou quando estão sendo cobrados por entregas complexas durante a rotina.
O que fazer nesta situação?
O mais indicado é buscar ajuda de um terapeuta, mas o RH pode dar o primeiro passo e ajudar a identificar, além de amenizar esses sintomas estressores ao apoiar cada colaborador com essas dicas:
1. Promover palestras e treinamentos sobre a saúde no trabalho
2. Cuidar do ambiente, deixando-o mais leve
3. Dar feedbacks coerentes
4. Traçar um plano de carreira
O profissional de RH é quem cuida dos colaboradores e suas funções. O trabalho assim entra em equilíbrio com a vida pessoal e a empresa só tem a ganhar com um funcionário motivado e tranquilo.