Uma das preocupações fundamentais dos gestores dos programas voltados para o bem-estar dos colaboradores de uma empresa é como mensurar seus resultados e atestar o quão essencial é aquele investimento para a organização. Daí a importância da adoção de métricas de saúde corporativa.
Ter um quadro claro do resultado obtido com esses esforços é indispensável não apenas para reavaliar prioridades e planejar suas próximas etapas, mas também para comprovar o quanto os cuidados com o bem-estar são eficientes e podem impulsionar os resultados da empresa de forma geral.
Neste post, vamos apresentar algumas métricas que podem ser utilizadas para obter esse panorama dos resultados de um programa de saúde corporativa e mostrar qual a sua relevância. Confira!
Importância da gestão de saúde corporativa
Cuidar da saúde dos colaboradores da empresa deve ser, acima de tudo, uma ação preventiva. Identificar uma doença ainda no seu estágio inicial é mais proveitoso para a empresa, pois as possibilidades de tratamento são maiores e os impactos na produtividade do colaborador podem ser mais bem administrados. E também mais econômico.
A aplicação de medidas e iniciativas de prevenção sempre terá um custo menor do que as perdas ocasionadas por um período de afastamento gerado por uma doença. E aqui, não se deve pensar apenas no dia (ou nos dias) perdidos com a ausência. Um colaborador doente representa um ciclo de perdas importantes que não podem ser ignoradas.
Além da quebra na produtividade, há os gastos com plano de saúde, e outras despesas eventualmente envolvidas no tratamento. Também é preciso considerar o desgaste emocional do próprio colaborador, que terá reflexos negativos na sua produtividade.
Por isso é tão importante a chamada prevenção primária, quando se busca antecipar as patologias e atuar já em suas possíveis causas. Essa atuação envolve desde a proteção dos colaboradores contra fatores de risco ligados aos seus hábitos de vida até a proteção contra fatores ligados à sua atividade na empresa.
Prevenção em vários estágios
A proteção dos indivíduos contra patologias que possam ter reflexos em seu desempenho profissional deve envolver uma rede que atua em diferentes estágios, para assim poder antecipar a doença ou tratá-la da forma mais adequada.
A prevenção primária, que citamos acima, é importante para identificar os fatores propícios para a instalação de um problema ou patologia, atuando de forma a preveni-los.
Em um nível mais avançado, com a doença já instalada, o diagnóstico precoce é importante para que se desenvolvam ações que permitam reduzir o tempo e as despesas com o seu controle. Quando isso não ocorre, é preciso atuar no tratamento da enfermidade e na redução de seus danos, o que inclui a gestão do tempo de afastamento do trabalho.
Todos esses níveis de atenção devem ser acompanhados de instrumentos para dimensionar os impactos que as enfermidades provocam tanto no colaborador quanto na produtividade da equipe. Esse é o objetivo das métricas de saúde corporativa, uma etapa fundamental na gestão de saúde. Afinal, o que não é medido, não é gerenciado.
Confira a seguir algumas métricas para acompanhar a saúde corporativa em sua empresa.
1. Índice de absenteísmo
O absenteísmo refere-se aos períodos em que os colaboradores se ausentam do trabalho, interrompendo ou prejudicando a produção da empresa. Trata-se de um dos grandes desafios da área de RH, pois quando é elevado, gera um considerável prejuízo à organização.
Entre os efeitos do absenteísmo estão a sobrecarga dos demais integrantes da equipe desfalcada e eventuais custos para reposição do colaborador ausente.
Os problemas de saúde estão entre as principais causas do absenteísmo. E isso inclui tanto as patologias ocasionadas ou agravadas pelo próprio trabalho quanto aquelas doenças crônicas ou resultantes de fatores externos, mas que não recebem o devido tratamento por parte do colaborador.
Nos dois casos é importante que a área de recursos humanos identifique e quantifique exatamente o que motivou a ausência. Trata-se de um insumo indispensável para avaliar a eficácia das políticas de promoção da saúde já adotadas e identificar oportunidades de aprimoramento dessas ações.
2. Sinistralidade do plano de saúde
Outro indicador que mostra com clareza a eficácia dos programas voltados à qualidade de vida e ao bem-estar dos colaboradores é o índice de sinistralidade do plano de saúde. Ele mostra a relação entre os atendimentos realizados aos segurados (consultas, exames e demais procedimentos) e o valor pago pela empresa à operadora para garantir o benefício.
O índice de sinistralidade é um dos balizadores dos preços aplicados no plano de saúde.
Quanto mais os colaboradores utilizarem o plano, e quanto mais complexos forem os atendimentos, maior será o reajuste aplicado pela operadora na renovação do contrato.
Além desse reflexo direto nos custos da empresa, a sinistralidade elevada pode indicar que os colaboradores estão excessivamente expostos a riscos e que as medidas preventivas implementadas pela empresa não têm surtido os efeitos esperados.
3. Satisfação dos colaboradores
Uma pesquisa de satisfação interna oferece mais um bom indicador sobre como está a saúde dos colaboradores e sobre qual a eficácia dos programas de promoção da saúde de uma organização.
Entre os diversos fatores que influenciam o colaborador no momento de avaliar qual o seu nível de satisfação com o trabalho, a saúde e qualidade de vida está entre os mais importantes. Quando o ambiente, a pressão ou outros fatores relacionados à sua atividade causam prejuízos à saúde, fatalmente isso vai se refletir na sua satisfação.
Além disso, quando os colaboradores se sentem acolhidos e amparados pela empresa por meio de programas direcionados à sua qualidade de vida ou de benefícios focados na saúde, naturalmente seu nível de satisfação cresce. Isso resulta em um aumento na motivação e engajamento.
Lembre-se de que, mais do que simples benefícios, as ações que visam à manutenção da saúde dos profissionais são uma forma de investir na manutenção da produtividade e da competitividade da empresa.
Estas são algumas das métricas de saúde corporativa que sua empresa pode utilizar para avaliar a eficácia de suas ações de promoção do bem-estar dos seus colaboradores.
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